sexta-feira, 19 de março de 2010

dia 3

Acabei agora de beber o meu café no espaço comum do Atelier Real. comecei a pensar no que significa estar aqui e não noutro sitio qualquer, na minha estadia cá e na minha permanencia dentro destes limites. Lisboa é uma cidade que considero grande, mas aqui, dentro desta casa, Lisboa torna-se uma cidade pequena que se consegue ver por uma janela. Estava a pensar no desenrolar dos meus dias, na maneira funcional como acontecem e lembrei-me de uma coisa que nunca me tinha ocorrido noutro lugar se não neste: As CHEGADAs e as PARTIDAs. Sinto-me como Maomé na montanha. permaneço a maior parte do tempo aqui e embora possa parecer que não acontece grande coisa, o facto é que acontecem muitas coisas por aqui. começo os meus dias sozinha (assim como os acabo), depois normalmente chega o Rogério e mais tarde a Cátia e o Zé. quando eles chegam eu penso: "chegaram", da mesma maneira como penso "partiram" quando regressam às suas casas. pondo isto, eu posso muito bem ser o que esta no meio destas chegadas e destas partidas, como uma especie de pessoa onde picam o ponto. eu podia ser uma maquina de picar pontos. Tal como eles, eu tambem cheguei e daqui a uns dias vou partir para de novo chegar mais tarde.
ontem quando vim ao meu blog tinha um comentário de uma menina que me perguntava o que era o dogma. a minha associação a este tema foi mecanico. tal como o rogerio e os amigos, ela chegou ao meu blog, postou alguma coisa e partiu, e eu fui de novo Maomé a deixar-se ficar na montanha. Vou partir, depois desta chegada urgente em forma de narrativa. já piquei o ponto perante as minha obrigação diária.

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